Mulheres fortes roubando a cena: 5 séries da Netflix
Who run the world? Em 2013
Beyoncé fez o mundo dançar (mais uma vez), ao cantar o refrão incansavelmente, e
não deixou mais nenhuma dúvida quanto à questão dos movimentos feministas, aliás, só os desavisados
de plantão que talvez ainda não sabiam.
Isso porque as ondas do
feminismo, movimentos de luta pelo reconhecimento dos direitos das mulheres, que
ocorreram em diversos momentos históricos, não romperam com os respectivos
paradigmas temporais para deixar que o mundo continuasse a ser dominado
exclusivamente pelos homens.
A propósito, as ondas do feminismo
constituem um processo contínuo de inconformismo com o padrão social dominante,
sendo que, em apertada síntese, podemos inferir que a primeira onda restou
pautada pela reivindicação de igualdade dos direitos civis (propriedade, trabalho,
voto, etc.). Já a segunda onda, voltada principalmente para a liberdade
sexual e, por fim, a terceira onda pela conscientização das conquistas
alcançadas, além da luta pelo não retrocesso.
Desde então as mulheres
ocuparam seus espaços sociais, conduzindo os rumos políticos da sociedade,
expressando suas ideias por meio das artes plásticas, músicas e danças, bem
como exercendo o papel de chefe de família. Outrossim, na teledramaturgia não foi diferente.
E é este o ponto central
deste texto: personagens fortes, independentes, determinadas que servem de
inspiração para as mulheres da vida real, para tanto fizemos uma listinha com 5
seriados imperdíveis do catálogo da Netflix, que além de nos presentear com
horas de diversão, apresentam personagens femininos empoderadas.
Ficou curioso para saber
quem são essas mulheres fortes? Vem com a gente e pode ficar sossegado que não tem spoilers.[1]
1 - Lúcifer
Lúcifer é uma série de fantasia e investigação policial com elementos
cômicos e sobrenaturais, na qual o personagem principal é Lucifer Morningstar
(Tom Ellis), literalmente, o Diabo em pessoa, que renuncia o seu trono no
Inferno para tirar umas férias na cidade de Los Angeles, usufruindo de uma
vida de regada de luxo e pecados.
Com seu senso de humor peculiar e total desinibição, Lúcifer
passa a trabalhar ao lado da detetive Chloe Decker (Lauren German) na
investigação de homicídios, usando seus poderes para arrancar as confissões dos
desejos mais obscuros dos suspeitos e, quando possível, punir os responsáveis.
Chloe roubando a cena em Lúcifer
Apesar dos poderes de Lúcifer quem manda na parada é uma
mulher pra lá de forte. Decker ocupa o cargo de detetive e é
muito respeitada em um ambiente de trabalho em que os homens são maioria. Ela escolheu a profissão inspirada em seu pai, que também era policial e morreu em
serviço quando Chloe era adolescente.
Na série podemos ver Chloe se desdobrando para
dar conta da alta carga de trabalho e do seu papel de mãe de uma linda
menininha de 8 anos, Trixie, a qual ela cria sozinha, pois é separada. Além de
tudo isso, ela ainda resiste aos encantos do diabo e não se rende às investidas
de Lúcifer. É poder que você quer? Aprende com a Chloe!
2 - Coisa mais linda (CML)
Ambientada cidade do Rio de Janeiro/RJ, nossa representante
tupiniquim nos transporta diretamente para o final da década de 50 e início dos
anos 60, ou seja, durante a transição entre a primeira e segunda onda do
feminismo, problematizando as dificuldades vivenciadas pelas mulheres daquela
época, tais como preconceito racial, violência doméstica, assédio sexual no
ambiente de trabalho, dentre outros.
As mulheres fortes de Coisa mais linda
E é
neste contexto que acompanhamos a história de Maria Luiza (Maria Casadevall), uma mulher que se liberta das
amarras de uma sociedade conservadora, isso depois de uma “ajuda” do destino e
de suas amigas Adélia (Pathy
Dejesus), Lígia (Fernanda
Vasconcellos) e Thereza (Mel Lisboa).
Destaque ainda para o seriado que trata de sororidade, assunto contemporâneo e
frequentemente em pauta.
3 - Orange is the New Black (OITNB)
As detentas Red, Crazy Eyes, Piper e
Alex.
Seriado
centrado na história de Piper Chapman
(Taylor Schilling), uma mulher branca, de classe média, condenada por lavagem
de dinheiro e que inicia o cumprimento de sua reprimenda na penitenciária de Litchfield, mas engana-se quem acha que
a narrativa fica restrita a ressocialização da personagem central. Isso porque, no decorrer dos episódios, contemplamos como cada personagem foi parar na prisão
e como sobrevivem ao sistema prisional.
As
personagens são bem construídas, havendo mulheres negras, latinas, brancas,
asiáticas, jovens, idosas, transexuais, lésbicas, bissexuais, de vários credos
e classes sociais, dentre outras representações. OITNB é sobre FEMINISMO,
EMPODERAMENTO, DIVERSIDADE, VISIBILIDADE e SORORIDADE, resumidamente: imperdível!
4 - How To Get Away With Murder
(HTGAWM)
A advogada Annalise em HTGMW
Conta a história da
brilhante advogada e professora de direito penal Annalise Keating (Viola Davis), uma mulher negra, de meia idade,
bem sucedida profissionalmente, forte, fria, calculista e segura. Contudo, o
que seus alunos não sabem é que essa imagem foi criada para encobrir suas
inseguranças e dramas vivenciados, que inclui desde violência sexual, até um
aborto acidental.
5 - House Of Cards (HOC)
Estilo e inteligência é com ela: Clair Underwood
Quem gosta de trama
política, conspirações, intrigas e jogos de poder vai amar este seriado, o qual
acompanha a história de um parlamentar manipulador e de sua esposa Clair Underwood (Robin Wright) para
conquistar a Casa Branca e, por conseguinte, a cadeira presidencial mais
desejada do mundo. O seriado aborda também temas como machismo e
representatividade feminina na política.
BÔNUS- The 100
A determinada Clarke de The 100
The 100 (pronuncia-se
“the hundred”) é um seriado que passa num mundo pós-apocalíptico destruído por
uma guerra mundial nuclear que dizimou a população da terra, só sobrevivendo a
catástrofe as pessoas que estavam em estações espaciais. Muitos anos após o ocorrido
um grupo de 100 jovens prisioneiros é enviado a Terra para saber se ela pode
ser habitada novamente.
Em meio a tentativa de
sobreviver aos perigos no novo mundo, formar uma comunidade e resistir aos
ataques dos sobreviventes da guerra nuclear destaca-se Clarke Griffin, como a
líder do grupo. Ela está sempre determinada em salvar a vida de todos ,sendo
amigável com doses certas de ambição.
Nós sabemos que você está louco para fazer uma pipoca e
começar a ver essas mulheres incríveis em ação, mas antes deixe seu comentário
aqui embaixo!!
Os autores:
Elder Catarina, 34 anos, acadêmico de Administração Pública.
Karoen Mello, 21 anos, acadêmica de Administração Pública.
Só série boa!! Confiram!!
ResponderExcluirPost muito bom!
ResponderExcluirExcelente post! Inspirador!
ResponderExcluirMinha preferida é a Clarke de The 100
ResponderExcluirClarke is the best
ResponderExcluir"Coisa mais linda", adoro !!!
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